LETRAS DE ALGUMAS MÚSICAS QUE GOSTO

 

 

Andança

Horizontes

Paz do meu amor

Negue

Barracão de zinco

Cio da terra

Meu bem

Maninha

Canção do Estudante

Funeral de um lavrador

Luar do Sertão

Jogral: Folclore

 

 

 

Andança

Vi tanta areia andei
Da lua cheia eu sei
Uma saudade imensa
Vagando em verso eu vim
Vestido de cetim na mão direita rosas, vou levar.

Olho a lua mansa a se derramar
Ao luar descansa seu caminhar
Meu olhar em festa se fez feliz
Lembrando a seresta que um dia eu fiz
Por onde for quero ser seu par.

Já me fiz a guerra por não saber
Que esta terra encerra meu bem querer
E jamais termina meu caminhar
Só o amor me ensina onde vou chegar
Por onde for quero ser seu par.

Rodei de roda andei ,
Dança da moda eu sei,
Cansei de ser sozinho,
Verso encantado usei
Meu namorado é rei
Nas lendas do caminho , onde andei

No passo da estrada só faço andar
Tenho o meu amado a me acompanhar
Vim de longe léguas cantando eu vim,
Eu não faço tréguas sou mesmo assim
Por onde for quero ser seu par

Já me fiz a guerra por não saber
Que esta terra encerra meu bem querer
E jamais termina meu caminhar
Só o amor me ensina onde vou chegar
Por onde for quero ser seu par.

 



 

Horizontes


Há muito tempo que ando
Pelas ruas de um porto, não muito alegre
E que no entanto , me traz encantos
Que um por de sol me traduz em versos

De seguir livre, muitos caminhos
Arando terras , provando vinhos
De ter idéias de liberdade
De ver o amor em todas idades.

Nasci chorando moinhos de ventos
Subir num monte e descer correndo
E a boa funda de goiabeira
Jogar bolita e pular fogueira

64, 66 68 um mal tempo talvez
Anos 70, não deu pra tí
E nos 80 eu não vou me perder por aí

 

 


 

Paz do meu amor


Você é isso uma beleza imensa
Toda a recompensa de um amor sem fim
Você é isso uma nuvem calma
No céu de minha alma
Que é ternura em mim...

Você é isso , estrela matutina,
Luz que discurtina
Um mundo encantador
Você é isso parto de ternura
Lágrima que é pura
Paz do meu amor.

 


 

Negue

Negue o seu amor e o seu carinho, diga que você já me esqueceu
Pise machucando com jeitinho, este coração que ainda é teu,
Diga que o meu pranto é covardia mas nâo esqueça que você foi meu um dia
Diga que já nâo me quer , negue que me pertenceu
E eu mostro a boca molhada ainda marcada pelos beijos seus

 

 


 

Barracão de zinco

Aí barracão, pendurado no morro me pedindo socorro, a cidade aos seus pés
Barracão de zinco, Tradição do meu país, barracão de zinco pobretão infeliz
Aí barracão, sua voz eu escuto, não me esqueço um minuto
Porque sei que tu és, barracão de zinco, tradição do meu país
Barracão de zinco pobretão infeliz.

 


 

Cio da terra

Debulhar o trigo, recolher cada bago do trigo
Forjar do trigo o milagre do pão, e se fartar de pão.

Decepar a cana, recolher garapa da cana
Roubar da cana a docura do mel, e se lambuzar de mel.

Afagar a terra, conhecer os desejos da terra
Cio da terra propício a estação e fecundar o chão.

 

 

 

Meu bem

Meu bem, meu bem , meu bem eu gosto tanto de você,
Quizera adorar-te ,adorar-te até morrer, até morrer
Que medo louco de te amar.

Eu sei, eu sei, eu sei, que você vai me abandonar
Me abandonar, Que medo louco de te amar.

 

 

 

Maninha

Se lembra da fogueira, se lembra dos balões, se lembra dos luares dos sertões
A roupa no varal, feriado nacional e as estrelas salpicadas das canções
Se lembra quando toda a modinha, falava de amor, Pois nunca mais cantei ,
Ô maninha depois que ele chegou
Se lembra da jaqueira, a fruta no caquim, do sonho que você contou pra mim
Os passos no porão, lembra da assombração, e as almas com perfume de jasmim
Coberto de flor, pois hoje só dá erva daninha no chão que ele pisou
Se lembra do futuro que a gente combinou, eu era tão criança, e ainda sou
Querendo acreditar, que o dia vai rair, só porque uma cantiga anunciou
Mas não me deixe assim tão sózinho a me torturar
Que um dia ele vai embora, Pra nunca mais voltar.

 

 

 

Canção do Estudante

Quero falar uma coisa, adivinha onde ela anda,

deve estar dentro do peito ou caminha pelo ar

Pode estar aqui do lado bem mais perto que pensamos

A folha da juventude É o nome certo desse amor.

 

Já podaram seus momentos desviaram seus destinos

seu sorriso de Menino quantas vezes se escondeu,

mas renova-se a esperança nova aurora a cada dia

e há que se cuidar do broto ou pra que a vida nos de flore frutos


Coração de estudante há que se cuidar da vida,

há que se cuidar do mundo tomar conta da amizade.

Alegria e tantos sonhos espalhados no caminho

verdes plantas e sentimentos

folhas, coração, juventude e fé.

 


 

Funeral de um lavrador

Nesta cova em que estás, com palmos medidos
É a conta maior que tiraste em vida
É de bom tamanho nem largo nem fundo
É a parte que te cabe neste latifundio
Não é cova grande é cova medida
É a terra que querias, ver dividida


É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande pra teu defunto pouco
Porém mais que no mundo te sentiras largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada não se abre a boca


É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifundio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho, que estavas no mundo
Mas a terra dada não se abre a boca
É a terra que querias ver dividida.


Fiz um rancho na beira do rio,
Meu amor foi comigo morar
E na rede nas noites de frio meu amor me abraçava
Pra me agasalhar .
Mas meu bem agora foi embora, foi embora e não sei se vai voltar
E a saudade nas noites de frio , em meu peito vazio irá se aninhar.

 

 

 

Luar do Sertão

Óh que saudade
do luar da minha terra, lá na serra,
branquejando, folhas secas pelo chão!
Este luar cá da cidade, tão escuro,
não tem aquela saudade do luar
lá do sertão.


Estribilho
Não há,
ó gente,
óh não,
luar
como esse
do sertão.


Se a lua nasce
Por detrás da verde mata,
Mais parece um sol de prata
Prateando a solidão!
E a gente pega na viola,
Que ponteia, e a canção
É a lua cheia
A nascer do coração!
Estribilho

 

 

 

JOGRAL: FOLCLORE


A- Folclore? Sabe o que é?
B- São lendas que os velhos contam;
A- São remédios de folhagens;
A- Comidas e o candomblé;
A- Objetos, beberagens;
T- São as danças, são as musicas;
T- São expressões, são linguagens.
A- São figurinhas de barro;
A- São trajes, são rituais;
A- E até bois puxando um carro;
A- E tipos especiais;
T- Tudo de uma região.
A- Enfim, são crenças, são ditos;
A- Que o povo não esquece ,não;
A- Porque são ricos bonitos;
T- Porque é sua tradição!